quarta-feira, 26 de abril de 2017




     Meu lírio, meu jardim a florir,

      Tudo isso sois, cada dia mais! E tenho prova disso: como o vosso belo nome é evocado em tantas das minhas conversas com camaradas e gente amiga. É inevitável, pois fazeis parte de mim e da minha história que não posso olvidar. Nem quero!
       Esta tarde fui ao centro da cidade encontrar-me com uma amiga de longa data e, a meio do nosso chá, dei por mim relembrar momentos que passei na vossa companhia, partilhando tais histórias com ela. Tudo naturalmente, porque as conversas são como as cerejas...
     Falar de vós faz-me sentir-vos mais próximo de mim. Ainda que haja tanto mar, tanto céu, tantos muros a apartar-nos...
     Nessa saborosa conversa que tive com a minha amiga houve ainda tempo para falarmos dos filmes que temos visto, das músicas que temos escutado, das agruras e doçuras dos dias... E de livros. Fiquei particularmente feliz por ter-lhe dado a conhecer uma escritora cujo trabalho muito aprecio: Ana Teresa Pereira. Ela ficou de tal maneira impressionada com a maneira como falei dos livros e das personagens (e como um dos seus livros foi responsável pela minha primeira viagem de avião no passado mês de Fevereiro – algo que vos contarei numa próxima carta, com detalhe) que entrámos numa livraria e ofereci-lhe Karen, o único livro da autora disponível naquele lugar.
        Sinto que foi um excelente presente, não achais?
     Engraçado, nunca me haveis perguntado sobre os livros que mais gosto... Teria tanto para vos contar, meu amor.

     Saudade do vosso puro olhar,
    Barão K.

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