Meu lírio, meu jardim a florir,
Tudo isso sois, cada dia mais! E tenho
prova disso: como o vosso belo nome é evocado em tantas das minhas
conversas com camaradas e gente amiga. É inevitável, pois fazeis
parte de mim e da minha história que não posso olvidar. Nem quero!
Esta tarde fui ao centro da cidade
encontrar-me com uma amiga de longa data e, a meio do nosso chá, dei
por mim relembrar momentos que passei na vossa companhia, partilhando
tais histórias com ela. Tudo naturalmente, porque as conversas são
como as cerejas...
Falar de vós faz-me sentir-vos mais
próximo de mim. Ainda que haja tanto mar, tanto céu, tantos muros a
apartar-nos...
Nessa saborosa conversa que tive com a
minha amiga houve ainda tempo para falarmos dos filmes que temos
visto, das músicas que temos escutado, das agruras e doçuras dos
dias... E de livros. Fiquei particularmente feliz por ter-lhe dado a
conhecer uma escritora cujo trabalho muito aprecio: Ana Teresa
Pereira. Ela ficou de tal maneira impressionada com a maneira como
falei dos livros e das personagens (e como um dos seus livros foi
responsável pela minha primeira viagem de avião no passado mês de
Fevereiro – algo que vos contarei numa próxima carta, com detalhe)
que entrámos numa livraria e ofereci-lhe Karen, o único
livro da autora disponível naquele lugar.
Sinto que foi um excelente presente,
não achais?
Engraçado, nunca me haveis perguntado
sobre os livros que mais gosto... Teria tanto para vos contar, meu
amor.
Saudade do vosso puro olhar,
Barão K.
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